Todos nós sabemos que o dinheiro tem um grande papel nos relacionamentos, mas ainda sim fiquei surpreso com os resultados de uma pesquisa elaborada pela Experian, uma agência de avaliação de crédito norte americana, que mostraram que a análise do score de crédito (grau de crédito, comum nos EUA e que vem sendo implementado aqui no Brasil) e responsabilidade financeira tem uma papel mais importante até mesmo do que atratividade física na escolha de um companheiro(a).
Apenas compatibilidades pessoais, como objetivos familiares e de vida, ficaram com uma porcentagem mais alta do que finanças no grau de importância das pessoas para escolha de um parceiro(a).
A lista completa inclui:
– Objetivos Familiares (98%)
– Objetivos de Vida (97%)
– Finanças (96%)
– Sexo e intimidade (95%)
– Atratividade física (86%)
– Objetivos de carreira (77%)
– Religião e espiritualidade (69%)
– Política (44%)
Também foi interessante ver que 33% das pessoas que responderam à pesquisa levam em consideração o grau de crédito dos “potenciais companheiros” antes de um casamento e avaliam como isso pode afetar suas finanças.
Estas duas questões já revelaram pontos interessantes em relação ao dinheiro e finanças, mas a pesquisa também revelou outros números que me interessaram:
– Apenas dois em cada cinco adultos casados definiram suas finanças familiares como responsabilidade compartilhada.
– Homens disseram que poderiam gastar até 4 vezes mais sem consultar as esposas do que elas o fariam sem consultar o marido. Eles dizem gastar até aprox. 1.200,00 sem consultar enquanto elas já consultariam o companheiro em um gasto acima de 300,00.
Quando em contexto, podemos não ter um problema em nenhum destes dois casos mencionados, pois um parceiro normalmente gosta mais de lidar com as questões financeiras do que o outro. Até os limites definidos em metas do casal, se conversadas e definidas de antemão, não importa se um gasta mais do que o outro sem mencionar ao parceiro aquele gasto.
De qualquer modo, as duas situações são reflexivas para falta de comunicação, e essa pesquisa mostrou que falar abertamente sobre finanças dentro de um casamento é essencial para atingir os objetivos financeiros e, consequentemente, os pessoais. Como você deve saber de sua experiência, essa não é uma tarefa tão fácil no dia a dia, mas é esta experiência diária com relação ao dinheiro que, ao longo do tempo, pode potencialmente manter ou destruir um relacionamento.
Por exemplo, quantas vezes você já teve uma conversa que foi algo do tipo:
– Eu quero isso ou aquilo,
– Mas nós não podemos comprar,
– Mas eu realmente quero muito isso…
A base dessa conversa é uma falta de entendimento nos dois lados. A pessoa no relacionamento que quer algo, pode não encontrar razão para não fazer uma compra. Então você pode imaginar a frustração criada ao dizer, “não podemos comprar isso”. De qualquer modo, se ambos estão alinhados em relação as finanças do casal, isso muda muito a conversa.
Ao invés de ficar falando uma das outras, as pessoas dentro de um relacionamento tem que falar umas com as outras sobre a real situação financeira em suas vidas. Se um ou o outro ganha mais ou tem maior interesse em administrar as finanças, não é nenhum problema, porém ambos tem que ter conhecimento do que se passa “dentro da planilha financeira”.
É por isso que aqui na GAIA Finanças Pessoais, quando tenho uma reunião inicial de apresentação e definição do escopo de trabalho para o coaching financeiro (um de nossos serviços), a presença do companheiro(a) é fundamental. Afinal de contas, quando se trata de finanças para casais, estamos falando em um “trabalho em equipe”.
Fonte: Experian